sexta-feira, 17 de abril de 2009

Silogismo dos Mares

Perguntasse a qualquer infante
Da prudente Lusitânia, e
De pronto exclamaria aos ventos:
Navegar é preciso!

Tempos Sagrados em que
Prezava-se a espontaneidade
Singrar os arredios mares
Era empresa, à qual se disporiam
Astutos aventureiros
Meticulosos, inveterados!

Hoje, surpreendo, ainda
Os que desconhecem as silhuetas do português
Pois se afirmava da mesma maneira
Com grande afinco:
Viver não é preciso!

Ora, não ousaria arriscar
Minha pseudo-intelectualidade
A exclamar doutas infâmias
Pois de tudo que se reservam estas linhas
Provém a incalculada sabedoria

E com o aval desta singular
Discrepância que permite abusos
Diversos do recôndito senso
Comum, exclamo aos corações:

Desenganados com a racionalidade
Da vida que concluída
Num breve silogismo:
Amar não é preciso!

Pedro Guimarães Pimentel

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