Quem já sofreu por um amor incoerenteVê seus sentidos se confundirem com a dor
Mas não percebem, não há amor diferente
E não concebem uma vida sem amor
Falamos do infinito como se fosse tão simples
Olhamos para o fim como quem diz: - Nada valeu!
Esperamos das pessoas um pouco mais do que fetiches
Culpamos muita gente se alguém não mereceu
E dentro da minha lógica viciada e imprecisa
Já não me surpreendo se assusto quem a lê
E com sabedoria você diz: - Relativiza!
Mas relativizando eu não vou me convencer
Com um tanto de arrogância, de desdém mas é assim
Defendo com talento a ideia que foi minha
Talvez não seja bom, pode ser até ruim
Mas poeta imparcial não escreve uma linha
Leonardo Monteiro Ferreira