quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Se ti penso

Se ti penso sei per me
il sole in una giornata di pioggia
sei un improvviso moto
di allegria in una pausa di riflessione
sei un allegro carnevale che fa
sorridere di gioia il mio cuore
sei una risata felice, sincera e limpida.
E' per questo che amorevolmente ti penso.

Stefan Lopes

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Clube dos Mal-Amados

Uma meta, vários caminhos,
Figuras de traços marcantes
Rebuliço de pudores daninhos
Pensados, planejados, torturantes.

Cada qual com seus motivos
Nada que nos junte nem nos afaste
Suficiente, essa conjunção de sorrisos,
Esconde sutilmente, antes que se alastre.

Tão bem desenhadas nossas desculpas
Não reconheço, ainda que pudesse, que quisesse,
Não mereço, não me merece.
O fulgaz ardor do desapego paga, assim, a sua multa.

Este que se engana, agora esgana
Do fim para o começo nada mais valeu
O passado vivido... será que ela percebeu?
Baixeza, disfarce, mulher sacana.

Com grande hombridade de si mesmo
Não repetirá os erros, a esmo.
Que assim seja, que Deus te proteja,
Não me alimento de amor, talvez cerveja.

Volto-me agora para os que esperam
Que suas vidas sejam infinitas (como o Universo)
Verso a verso, suas felicidades proliferam
Distâncias seguras, benditas!

Errantes, beligerantes, destoantes.
Distantes cantantes amantes.
Tardes chuvosas entediantes.
No futuro, o amor será como antes,
Dela existir.

Mas não existe, resiste, persiste.
Buscar, errar, lamentar.
Fogem da ameaça, desgraça, pirraça.
Mas não escapam do encontro com o espelho,
A se destruir

Todas as metas, sem nenhum caminho,
Desfigurados, destroçados.
É os que nos torna, é assim que se forma,
O clube dos mal-amados.

Pedro Guimarães Pimentel

Imparcial

Quem já sofreu por um amor incoerente
Vê seus sentidos se confundirem com a dor
Mas não percebem, não há amor diferente
E não concebem uma vida sem amor

Falamos do infinito como se fosse tão simples
Olhamos para o fim como quem diz: - Nada valeu!
Esperamos das pessoas um pouco mais do que fetiches
Culpamos muita gente se alguém não mereceu

E dentro da minha lógica viciada e imprecisa
Já não me surpreendo se assusto quem a lê
E com sabedoria você diz: - Relativiza!
Mas relativizando eu não vou me convencer

Com um tanto de arrogância, de desdém mas é assim
Defendo com talento a ideia que foi minha
Talvez não seja bom, pode ser até ruim
Mas poeta imparcial não escreve uma linha

Leonardo Monteiro Ferreira