sábado, 9 de maio de 2009

Melhor Assim

Ainda que encontrasse
Desenhado em outra face
Prezas pela distância

Pena que a vida é curta
Lá, ninguém te furta
Lá ninguém te alcança

Eu mudo o meu jeito
Perco todo o conceito
Não quero mais ser igual

Mesmo que sinta minha partida
Farei de toda a minha vida
Enfim, um grande Carnaval

Pedro Guimarães Pimentel

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sem mais

Escrever poesia quando se está feliz é um esforço inútil pra mim. Gostaria até, por vezes, de ver beleza em rimas leves, singelas e pálidas, mas são tão piegas que chegam a me ofender. Será que nasci pra admirar a dureza, a melancolia e a inteligência?
Que meus pares me perdoem mas versos serenos são massantes. Não me entendam mal, não gosto de sofrer e nem de ver o martírio dos outros. Só não espero que suspirem os apaixonados á minha pena e muito menos me acrescentam os elogios superficiais. De mais a mais, sou um poeta limitado, meus talento e esforço não equivalem a grande monta e, antes que alguém se dê conta, digo logo que minha poesia é previsível. Quem me lê sabe o que sinto, ou pelo menos o que a minha capacidade mediana de escrever e a sua, talvez maior, de ler façam por onde desvendar os meus caminhos.
Peço perdão aos que agrido com minha arte, também aos que decepciono por não ser tão bom quanto esperavam e, aos idiotas de toda parte, deixo um conselho:
Leiam os meus precários versos sem tanta exigência. Não se sintam atacados pois não é de vocês que falo e, se quiserem, se identifiquem com eles. Afinal, é para isso que serve um texto...para lermos até encontrarmos uma interpretação dele que nos sirva de álibi, punição ou redenção.
Sem mais.

Leonardo Monteiro Ferreira