terça-feira, 14 de abril de 2009

Não posso mais pecar

Terno e apreciável
Sorriso inigualável
Inevitável não sorrir também
Retidão inabalável
Sensação de estar bem

Sorrio diferente
Como quem deve
Esconde, mente.
Minha presença breve
Apaga, acende,
Apaga, ascende.

Desculpas não adiantam
Deixam-me em pranto
Pouco esforço,
Devia mais
Tanto, tanto,
Santo canto.

Não peço mais
Não peco mais
O que quero faz
O que passou lá atrás
É quase nada
De minha parte, vacilada
Destoada, desenganada.

Da tua, não sei medir
Não sei dizer, mas sei fingir
Que entendo, que o que quer
È esperar eu lhe pedir
Aguardar eu me mover
Sem pestanejar, vou lhe dizer
Já não sei o que fazer

O teu sorriso persiste
O meu insiste em disfarçar
O querer e não estar lá
Já não posso mais pedir
Já não posso mais pecar

Mas, não entenda mal
Gostei, ainda gosto
Teu sorriso, teu beijo
Concluo. Não, aposto!
Não tem igual
Este é meu desejo,
Este teu ensejo.

Pedro Guimarães Pimentel

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