quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Domingo

Eu não te entendo quando tento.
Eu não te amo porque quero.
Eu só te sinto como o vento.
A brisa do mar que sempre espero.

E nesses dias tão cinzentos,
Em que estou só e o tempo pára.
Tudo é tão vago e tão extenso.
Verdade simples, coisa rara.

Não estou triste, só cansado.
Você não é tudo, agora eu sei
Não tenha pena nem cuidado
Eu não menti, eu não fugi, eu não roubei.

Te vejo mais, mas não enxergo
O que havia antigamente
Com olhos novos, não tão cegos,
Agora sei olhar pra frente.

Leonardo Monteiro Ferreira

Tentativa frustrada

(Nem) Um amor em que ser reconhece (ia)
(Des) Esperado como uma prece
(Anti) Doto pra quem merecia

(Contra) Rio do qual tudo floresce (ia)
(In) Animada a beleza que aparece
(Des) Tacada a flor macia

(Não) Torna a palavra que resplandece (ia)
(Des) Caminhos sinuosos que o destino tece
(In) Pedidos (,) largados... ninguém policia

(Contra) Quem disse que não acontece (ia)?
(Com) Paixões filosofais alguém esquece,
(Des) Cobertas de toda folia? (!)

(A) Normal sono, já quase amanhece (ia)
(Contra) Atada a pena que já desfalece
(De) Termino outro dia

(Des) Continuar (ia)

Pedro Guimarães Pimentel