quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ponto sem nó

A culpa é minha quando planejo
Pois o timão escapa ao meu manejo
Me perco em meus planos
Revelo todos os meus segredos
Então fujo para o meu degredo
Pelos crimes profanos

Desta vez eu minto
Não pelo que sinto
Mas abandono o navio num banco de areia
Este ponto irá sem nó
Navegará só
Arrumo outro barco, sigo o canto da sereia

Quem vive de piratear
Quase nunca encontra o que pilhar
Mas, afinal, aceito meu destino
Minha nau esta vaga para a tripulação
E esta metáfora que canta meu coração
Se esbraveja num melancólico hino

Ô marinheiro, marinheiro!
... marinheiro só.

Pedro Guimarães Pimentel

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